Agulhas para todos os gostos na Travessia Longitudinal – Parque Nacional do Itatiaia

Depois da minha torção de pé, o que me rendeu um carnaval no sofá e quase dois meses sem estripulias, minha glicemia deu uma degringolada e mesmo voltando às atividades físicas posteriormente, ficou mais difícil de controlá-la nos níveis que eu conseguia mantê-la  antes da torção do pé.

Com esse molho forçado e com a glicemia mais rebelde, mesmo escalando, caminhando em trilhas, fiquei desestimulada em continuar escrevendo no InsulinAção!  e apenas eventualmente tirando fotos de agulhas e glicosímetros nas alturas. Depois, nos mudamos de cidade e com novo trabalho também, e o InsulinAção! ficou um pouco desatualizado… Mas como tudo passa, essa fase parece que está indo embora, e depois de algumas doces aventuras alucinógenas, estou voltando a escrever e atualizar o site.  Quem sabe voltando a escrever, a glicemia fica menos indecente também… sei lá, né… é tanta coisa que influencia os altos e baixos da glicemia…

Então vamos ao que interessa!! Nesse período fomos três vezes ao Itatiaia, e hoje vou contar sobre uma das vezes.

Fomos  com o Cal, André, Yuri, Claudão, Miguelzinho, Wagnão e Ravena  passar um final de semana no Itatiaia, tendo a casa do Yuri como base (na Serra Negra, região que eu não conhecia), o que para nós já era uma experiência super diferente, acostumados a acampar ou a ficar no Refúgio na Parte Alta do Parque.

Agulhas
Respira fundo que o lugar tira o fôlego!

Chegamos na sexta de madrugada… a distância e o trânsito carioca contribuiram para isso… mas mesmo assim acordamos cedinho para a nossa empreitada: Travessia Longitudinal das Agulhas Negras!! Que consiste em atravessar, de ponta a ponta, todo o maciço do Itatiaia, passando por diversos cumes, inclusive o Agulhas Negras.

Da última vez que fomos, eu e Ale tentamos a empreitada, mas devido à alguns problemas técnicos, o que incluía minha virilha que ficou bem debilitada com uma noite de frio (-4°C) na barraca, não muito bem abrigada, e algumas perdidas pelos labirintos, resolvemos apenas fazer a trilha até a Asa de Hermes.

Dessa vez, mesmo acordando cedo (5 e pouco), só conseguimos começar a caminhada às oito e pouco da manhã. A gente tinha umas dicas muito boas do Igor Spanner, e entre uma das recomendações, era começar a caminhar o mais cedo possível, com o Parque abrindo.

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Início da caminhada

A travessia é cheia de sobe e desce, canaletas, pulos, labirintos, túneis, lances expostos (alguns com corda) e aquela maravilha deslumbrante que é o Itatiaia, como mostram as fotos.

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Canaletas…

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Túneis…

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sabe aquele momento que a gente pensa: o que estou fazendo aqui mesmooo????

O problema é que a Travessia Longitudinal, pelos seus labirintos e túneis, possui uma orientação bem difícil, e para quem não conhece, muitas vezes temos que voltar pra trás e tentar outro caminho. Algumas vezes esperávamos enquanto o Ale e Miguelzinho, principalmente, iam explorar os possíveis caminhos.

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mais túneis com canaletas...
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Canaleta do tipo “não sei como subi isso sem corda”

 

 

 

 

 

 

 

 

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luz no fim do túnel!
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tá vendo ali longe? É depois…

 

 

 

 

 

 

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encolhe a barriga que passa

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando chegamos no Pontão, antes do cume das Agulhas Negras, reavaliamos o nosso horário e a trajetória que ainda teríamos pela frente e resolvemos abortar a missão e descer pela Normal das Agulhas Negras, pois já estava tarde (lá pelas 14h), inverno escurece cedo e não queríamos procurar os rapéis para descer do maciço durante a noite.

Assim, demos uma boa relaxada no cume Pontão do Sul, com direito a tomar um mate (para espanto dos cariocas, parece que alguns viraram fãs, né André?), e esperamos aquela galera imensa que estava no cume das Agulhas Negras começar a descer, e assim, teríamos os cumes pela frente só para nós!

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Medindo a glicemia, para poder encarar o pacote de pão ali do lado!
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Quer um mate?
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Ah! Vidinha mais ou menos!

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uma insulininha aqui…

 

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outra insulininha ali…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ainda que a gente não tenha conseguido concluir a nossa empreitada, o dia foi muito divertido, a glicemia fica boazinha no Itatiaia, o tempo estava espetacular ( friozinho com sol), e continuamos com uma boa desculpa para voltar ao Planalto! E na volta, ainda comemoramos e jantamos farta e deliciosamente no restaurante do Jesuel na Serra Negra.

No dia seguinte, demos uma escaladinha no Morro do Couto (Ale, Wagnão, Cal e Ravena) antes de pegarmos estrada para (comer pastel nas barraquinhas na Garganta do Registro) retornar ao Rio.

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Valeu pessoal, até os próximos cumes!